11.9.09

Paraty, 23 de outubro de 2008

Márcia. Eu vou me casar.
Achei necessário que você soubesse logo. Por tudo.

O peito guarda um oco que é seu de abraçar. Sempre guardará. As mãos, de certa forma, continuam dadas. E às vezes parece que seguro a mão de uma irmã, de uma mãe, de uma amiga, de uma mulher, de um anjo...

E eu acredito em nosso amor, mas a vida me trouxe aprendizados que me fazem desacreditar no amor somente. É necessário uma série de compatibilidades que eu acho que não alcançaríamos juntos. E então eu conheci alguém. E é isso. Eu vou me casar.

Isso nos separa de uma maneira. E nos une de outra, porque o amor são muitos e apenas um deles não é eterno. Esse não será o nosso. O nosso perpetuará por toda ternura e confiança que ele representa.

Não sei se você me entende, Márcia... Me perdoe se te magoo contando isso, mas tinha que ser dito.
Estou feliz, sou um homem feliz. E o que mais quero é sua felicidade também.

Minha irmã, minha flor...

Se quiser conversar, me ligue. Mas eu sei como você lida melhor com as palavras escritas. Eternas.

Me despeço com todo amor e sentindo o oco pulsar.

Alceu.

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