21.8.09



chego amanhã cedo pt os meninos vão dentro de mim chutando meu estômago pt te amo cada dia mais pt

Lídia

13.8.09

Pelotas, 15 de agosto de 2009.

Dan,

Saudade de você!
Saudade mesmo.
Tanta que me faz te pedir uma coisa: vem viver comigo.
Pode parecer súbito isso que escrevo, mas não é. Mesmo atabalhoado, cheio de coisas a fazer, quando paro pra pensar em vida a dois, é você quem paira aqui. E releio o que me escreveu quando fui embora. Linda despedida. O que achei que era.
Vem!
Te espero aqui de coração aberto e outras coisas também! rs

O endereço ta aí. Mas você nem vai precisar, me diz o dia que chega que to te esperando no aeroporto.

Morrendo de saudades e vontades,

Dudu.

12.8.09

Belo Horizonte, 11 de agosto de 2009

Ei, nego!

Hoje eu almocei miojo, depois de muito tempo sem me maltratar assim. É engraçado como a gente gosta de umas coisas por um tempo e depois nem suporta... E me refiro a tantas coisas... Bem, o que eu queria dizer é que fiquei com saudade de você. Porque, se você estivesse comigo, com certeza o almoço seria melhor.

Vi um dos filmes que você colocou na minha mochila. E fiquei meio sem lugar no sofá, sem ter onde escorar, apesar dos almofadões. Faltou um nego que me abraçasse, sabe?

Quando você telefonou eu fiquei feliz de falar contigo. Aí você disse que não viria mais pro encontro da família e eu quis chorar assim que desliguei. Parece que você esperou que eu dissesse mais coisas, mas eu estava triste pra conversar mais. Mas eu não chorei. Porque se não é mais TPM, não posso me dar a esse luxo. E aí mais tarde eu te liguei e você disse que estava com saudade. E que me ama. (E eu acho que era isso que eu devia ter dito quando disse apenas "beijo".) E eu estou me sentindo segura pelo "agora", mas não sei quanto tempo isso vai durar.

Também estou com saudade. Também te amo.

... Isso é estranho cronologicamente... Mas é verdade, não é?

E já passou da meia noite. Feliz 2 meses. Que loucura isso! Como cabe tanta coisa em tão pouco espaço de tempo?

Acho que vou guardar essa carta. I think you could get me wrong at some part of it and I don't wanna have to explain myself about stuff I wrote with little thinking and much poetry.

Boa noite, nego.
Fica com Deus.


Carol.

11.8.09

Marseille, 08 de agosto de 1996.

Martin amado,

Escrevo rapidamente para expor minhas fragilidades. Sim, eu sou ciumenta. Extremamente. E digo que me doeu muito quando o vi abraçando aquela sua amiga de vermelho. Não, não quero explicações. Aproveito e confesso, também, essa minha imprudência e intolerância à justificativas para cenas de ciúme alheias. O que quero é seu amor. Seu amor totalmente dedicado a mim. Puramente, silenciosamente, agressivamente, inteiramente dedicado a mim. Entende?

Cortei meus cabelos. (Para não cortar os pulsos!) E envio alguns fios no envelope. Faça o que achar melhor com eles. Tudo isso para saber que foi por você que os cortei.

Entenda meu amor.
Entenda, meu amor.

Devotamente me despeço com a marca de meus lábios no papel.

Amada sua,

Juliet.

1.8.09

Paraty, 1 de agosto de 2007

Alceu,

Esta é a primeira carta que escrevo desde que cheguei aqui. Faz uma semana, eu acho. Nessa noite senti falta dos pernilongos e me lembrei de como é gostoso dormir com você. O calor da Bahia, os corpos coloridos de sol, o mosquiteiro que a gente quase inalava devido à proximidade dele com nossos rostos... a proximidade dos nossos rostos... E os pernilongos afoitos que bicavam de tempos em tempos, às vezes o mosquiteiro, se fazendo ouvir, às vezes nossas pernas e braços, nos fazendo coçar pela manhã.

Sinto saudades, Alceu...

Mas eu entendo. Se amor de verão não sobe serra, que dirão dos de inverno? Você sabe, estou aqui, em Paraty... Para-ti...

Você me perguntou uma vez se eu não tinha vontade de ir morar no Rio de Janeiro. Não, nunca tive. Até que isso passou a significar estar com você. Morar com você, talvez. E então o Rio começou a ser uma cidade maravilhosa, e eu entendi todas aquelas canções.

Mas minha vida está aqui por enquanto, o trabalho, a ONG, eles precisam de mim. Por enquanto. Depois, quando eles estiverem podendo caminhar sozinhos, eu vou e dou assistência à distância a eles. Eu vou, Alceu. Se você ainda quiser.

Sabe, acho que escrevi só pra dizer que foi incrível te conhecer. Foram dois meses como eu não tinha há muito tempo.

Escreva quando puder... Eu sei que a modernidade está aí com a internet, mas eu prefiro as cartas. Elas ensinam a gente a ser menos ansiosos. Carta enviada não significa que já pode ser lida. Algumas vezes elas nem chegam. Será que você vai receber esta carta, Alceu? Só saberei com a sua resposta, caso haja alguma.

Ah, te convido a vir passar uns dias aqui! O endereço é o do envelope. Pode perguntar pela casa da Márcia do José Flávio também, que muita gente conhece. José Flávio foi meu pai. Acho que te contei a história... Bem, teremos tempo para conversar. Um dia!

Espero que esteja tudo bem aí, que os alunos estejam se comportando em suas aulas!

Um beijo, Alceu!


Márcia.


ps.: queria terminar com um Eu Amo Você! Mas talvez isso pudesse te assustar, então achei melhor não colocar nada... Mas agora você já sabe, né?